terça-feira, 11 de novembro de 2014

Nascente de Sabroso de Aguiar (Pedras Salgadas)


 No inicio do século passado, principalmente na zona de Pedras Salgadas, erigiram-se verdadeiros templos em honra das águas ,nas nascentes termais, devido à prosperidade e desenvolvimento que o descobrimento das nascentes termais acarretaram para as regiões em que se encontravam.



 Em Sabroso de Aguiar situa-se um excelente exemplo dos belos edifícios erigidos em honra das águas.Esta nascente foi durante muito tempo utilizada para extrair a água a que chamam,água das Pedras porém actualmente esta nascente esta desactivada.                                                                                                         


 O edifício possui uma abobada em estrutura metálica ,onde janelas que se inserem na mesma possibilitam a entrada de luz, contem também belos e coloridos vitrais ladeados de estuques, a escadarias estão também ornamentadas por estuques alusivos à natureza.                                    



O edifício apesar de pequenos estragos esta bem conservado e aparenta ser bem mantido contudo   visitas inoportunas de vândalos têm destruído vidros ,fechaduras e escrito nas paredes demonstrado o carecer de dever cívico de alguns indivíduos.                                                                                         
                                                                               


















segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Aldeia abandonada de Picões

 A aldeia de Picões situada no concelho de Valpaços, em tempos parte do morgadio de Vilartão, é uma antiga povoação com ocupação desde o período romano, do qual remonta a ponte romana de Picões que actualmente encontra-se submersa pela barragem do Rabaçal.  



 As habitações são 16 em granito e respectivos anexos como palheiros ou espigueiros reunidas em aglomeração, como é típico na região de Trás-os-Montes.




 A povoação foi abandonada à mais de 60 anos, devido à falta de acessos, isolamento e à presença de povoações de maior dimensão nas proximidades.



 A capela de Santo António de Picões entre todos os edificios da aldeia é o que se encontra em melhor estado de conservação, sendo um templo católico de estilo barroco, construído no século XVIII pelos morgados de Vilartão, esta capela prestaria os serviços religiosos à população de Picões.






 Actualmente as habitações estão completamente arruinadas à excepção da capela. O aglomerado habitacional, a capela e os terrenos circundantes à aldeia encontram-se à venda por 4 milhões de euros.
 Este caso evidencia a progressiva desertificação e abandono das povoações rurais em Portugal.















quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Castelo de Monforte

O Castelo de Monforte ,no concelho de chaves, foi construído entre os séculos XII e XIII por ordem del rei D. Dinis, a ocupação desta zona data da proto historia e é possível encontrar nas proximidades do castelos vestígios de ocupação Romana.Foi ate ao século XIX cabeça de concelho .


gravura dos finais do séc. XIX

Em 1274, a povoação de Monforte de Rio Livre recebe o seu primeiro foral de D.Afonso III que concede aos habitantes da vila numerosas vantagens com o intuito de aqui estabelecer uma povoação numerosa para defender a fronteira transmontana.




 O relato do abade António Luís Nogueira nas memórias paroquiais da freguesia é bastante pormenorizado. Diz que sobre a porta interior do castelo havia uma grande inscrição dizendo: ``Eu D. Dinis, este castello fiz, quem depois de mim vier se dinheiro tiver fará o que quiser´´



  O castelo e as defesas da vila constituem um importante registo da arquitectura militar medieval propositadamente funcional e pouco ornamentada.



Quanto à torre de menagem esta divide-se em 3 pisos sendo o primeiro uma cisterna de abobada, no segundo situa-se a entrada e o terceiro utilizaria-se como zona nobre com o tecto também abobadado.


                   
  Na vila encontravam-se de registo a sede da paroquia de Monforte de Rio Livre com a respectiva igreja, a casa da câmara e a cadeia que hoje em dia encontram-se totalmente arruinadas apenas restado as suas respectivas fundações.


A vila foi progressivamente abandonada e nem os incentivos para a população se fixar resultaram.Nos finais do século XVIII as muralhas da vila já estariam arruinadas e no interior do cerco apenas restavam apenas cinco moradores que no inicio do seguinte século abandonariam a povoação, a cabeça de concelho foi mudada para a povoação de Lebução.


Na década de 60 do século passado devido aos processos de restauração dos monumentos nacionais fomentado pelo estado novo o castelo sofreu obras de restauro e o cerco da vila foi limpo de vegetação, pela mesma altura procedeu-se a uma pequena pesquisa arqueológica.
Actualmente o castelo e a vila encontra-se em estado de deterioração, a vila e as suas defesas encontram-se tomadas pela vegetação e sem a devida pesquisa arqueológica que merece.