gravura dos finais do séc. XIX |
Em 1274, a povoação de Monforte de Rio Livre recebe o seu primeiro foral de D.Afonso III que concede aos habitantes da vila numerosas vantagens com o intuito de aqui estabelecer uma povoação numerosa para defender a fronteira transmontana.
O relato do abade António Luís Nogueira nas memórias
paroquiais da freguesia é bastante pormenorizado. Diz que sobre a porta
interior do castelo havia uma grande inscrição dizendo: ``Eu D. Dinis, este
castello fiz, quem depois de mim vier se dinheiro tiver fará o que quiser´´
Quanto à torre de menagem esta divide-se em 3 pisos sendo o primeiro uma cisterna de abobada, no segundo situa-se a entrada e o terceiro utilizaria-se como zona nobre com o tecto também abobadado.
Na vila encontravam-se de registo a sede da paroquia de Monforte de Rio Livre com a respectiva igreja, a casa da câmara e a cadeia que hoje em dia encontram-se totalmente arruinadas apenas restado as suas respectivas fundações.
A vila foi progressivamente abandonada e nem os incentivos para a população se fixar resultaram.Nos finais do século XVIII as muralhas da vila já estariam arruinadas e no interior do cerco apenas restavam apenas cinco moradores que no inicio do seguinte século abandonariam a povoação, a cabeça de concelho foi mudada para a povoação de Lebução.
Na década de 60 do século passado devido aos processos de restauração dos monumentos nacionais fomentado pelo estado novo o castelo sofreu obras de restauro e o cerco da vila foi limpo de vegetação, pela mesma altura procedeu-se a uma pequena pesquisa arqueológica.
Actualmente o castelo e a vila encontra-se em estado de deterioração, a vila e as suas defesas encontram-se tomadas pela vegetação e sem a devida pesquisa arqueológica que merece.
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